terça-feira, 14 de julho de 2009

Maratona Harry Potter: Impressões sobre os 5 filmes da série

Com a estreia do sexto filme da série, O Enigma do Príncipe, nada mais normal que avaliar todos os filmes lançados até o momento. Começando com a busca à Pedra Filosofal e terminando com a Ordem da Fênix.

As impressões sobre O Enigma do Príncipe entram na noite dessa Quarta-Feira.


Harry Potter e a Pedra Filosofal

A primeira adaptação da série para o cinema foi cercada de grande expectativa. Após os rumores de que a aventura se passaria nos Estados Unidos e que Harry seria interpretado por Haley Joel Osment (O Sexto Sentido), o filme finalmente tomou forma pelas mãos do diretor Chris Columbus (e não Steven Spielberg como muitos fãs gostariam na época).
Columbus tratou a obra de Rowling com muito respeito. Respeito até demais. Com medo de decepcionar milhões de fãs, o diretor e sua equipe mantiveram quase todos os elementos do livro o que resultou em um filme carregado, porém vazio.
Quando A Pedra Filosofal estreou em 2001 os fãs já liam o 4° livro da série, O Cálice de Fogo e os cinemas estavam lotados de crianças, jovens e adultos curiosos que não se incomodaram com as mais de 2 horas de projeção.
O maior problema do filme é a quantidade de informações. Sapos de chocolate, Figurinhas de bruxos famosos e feijõezinhos de todos os sabores invadem a tela. À todo momento um personagem solta alguma explicação para os elementos do mundo mágico. Com isso a história não flui e os eventos principais como a busca de Voldemort pela pedra filosofal ficam apagados diante do fascínio pela magia.
Com mais ousadia e alguns cortes o filme ficaria mais coeso e menos cansativo.
Por outro lado é mérito de Columbus o visual do mundo mágico. Hogwarts surge magestosamente e os atores estão perfeitamente caracterizados. A trilha sonora do mestre Jhon Williams tornou o tema do bruxo reconhecido no mundo todo. Um começo regular que poderia ter sido melhor, para uma história ótima.

Harry Potter e a Câmara Secreta

O segundo filme da série estreou em 2002 com a missão de superar o antecessor. Ainda com Columbus na direção, o segundo episódio trouxe algumas novidades, sendo Dobby, o elfo doméstico digital a maior delas.
O humor ficou mais evidente e com a presença de Kenneth Branagh como professor de Defesa Contra as Artes das Trevas a série ganhou novo fôlego.
Sem a necessidade de introduzir as bugigangas mágicas e dessa vez com um roteiro menos gorduroso, o filme ficou mais redondo que o anterior, com grandes melhorias nos efeitos visuais e mais cenas de ação. Com tudo ainda faltava à série uma maior profundidade. Os acontecimentos ainda são tratados com leveza (o maior público ainda era o infantil) o que atrapalhou o suspense da trama e deixou elementos importantes do livro sem muito espaço, como a questã odo preconceito entre sangues puros e sangues ruins.
Ainda assim, com um clímax mais emocionante que o filme anterior e com o primeiro contato de Harry com uma Horcruxe (ainda que ele não soubesse disso) foram suficientes para o filme arrastar mais uma vez um grande público para os cinemas.




Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban


O divisor de águas da série chegou em 2004 dirigido pelo mexicano Alfonso Cuarón. O terceiro livro da série era considerado o melhor e a Warner Brothers queria o mesmo para o filme.
A atmosfera dos livros foi finalmente representada de forma digna nas telas. Azkaban trouxe mais profundidade ao personagem de Harry Potter e pela primeira vez é possível entender os sentimentos do menino que sobreviveu.
A geografia de Hogwarts também mudou. No lugar dos terrenos abertos dos primeiros filmes, surge um terreno montanhoso e cheio de mistérios. O visual deslumbrante encheu as telas de magia e os perigos tornaram-se mais críveis.
O uso correto e sem exageros dos efeitos especiais combinados com a bela fotografia trouxeram um Harry Potter com cara de cinema sem perder sua essência literária.
Dessa vez os personagens passam mais tempo fora do castelo, correndo pela floresta ou passando de um cenário à outro, tornando o filme mais dinâmico.
Com a morte de Richard Harris, Michael Gambon assume o lugar de Dumbledore com mais energia.
Azkaban é considerado por muitos o melhor filme e tornou mais difícil o trabalho dos diretores que assumiram o lugar de Cuarón nos próximos filmes da série.



Harry Potter e o Cálice de Fogo


Com a recusa de Cuarón, que alegou estar cansado, a difícil missão de dirigir o sucessor de Azkaban caiu nas mãos do inglês Mike Newel.
O Cálice de Fogo trouxe a ação de volta à série e apesar dos cortes gritantes (criaram uma grande expectativa para a copa de quadribol e de repente... cadê o jogo?) o filme foi o mais divertido e o mais rápido. Com o humor e a sensação de perigo iminente do início ao fim, as horas passaram rápidas no cinema.
O grande clímax é o retorno de Voldemort, com Ralph Fiennes roubando a cena como a reencarnação do mal.
Inaugurando a contagem de corpos, vítimas de Voldemort, O Cálice de Fogo termina com chave de ouro, mesmo não conseguindo superar a fantasia de Azkaban.







Harry Potter e a Ordem da Fênix



Para comandar o quinto episódio da série entrou em cena o britânico David Yates. Pouco conhecido no cinema, David é famoso no Reino Unido por produções para a TV.
Outra surpresa foi a saida do roteirista Steve Kloves e a chegada de Michael Goldenberg para assumir seu lugar.
Apesar da surpresa inicial, Ordem da Fênix foi o melhor filme da série até o momento, com uma trama que envolve política, difamação pública e preparação para a guerra. Foi um Harry Potter sombrio e melancólico.
Imelda Staunton é o grande destaque como a professora e alta inquisidora de Hogwarts, Dolores Umbridge.
Com o ministério da magia fazendo vista grossa ao retorno de Voldemort e controlando o ensino na escola de bruxaria a fim de evitar uma rebelião, o filme mostra uma espécie de ditadura nunca antes vista no universo potteriano.
A batalha de Voldemort e Dumbledore no final é curta, mas demonstra com maestria o que podemos esperar do último filme da série.


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